Fichamento: Vilém Flusser

 Vilém Flusser faz a gente pensar sobre como vários objetos, que em teoria nasceram para tornar a vida mais prática, acabam se transformando em verdadeiros obstáculos. Com o tempo, eles deixam de ser só ferramentas e passam a influenciar de um jeito pesado as nossas relações e a maneira como vivemos. Em vez de simplificar, muitas vezes eles criam mais complicações, porque viram parte de um sistema cultural que a gente nem sempre percebe.


À medida que a sociedade vai ficando cada vez mais complexa, também cresce a expectativa em cima desses objetos. Eles precisam acompanhar novas formas de organização e convivência, mas nem sempre conseguem dar conta disso. Para Flusser, o problema está principalmente no jeito como esses objetos são pensados e criados. Muitas vezes, eles refletem só o ponto de vista de quem os projeta, sem se preocupar com as pessoas que realmente vão usá-los no dia a dia. Isso limita muito a participação dos usuários e diminui as possibilidades de uso, tanto em espaços físicos quanto nos ambientes digitais.


Ele propõe que a gente repense essa lógica e adote uma forma de design mais aberta, que incentive diálogo, adaptação e conexão entre as pessoas. Em vez de erguer barreiras, o design deveria funcionar como uma ponte, aproximando indivíduos e criando espaços mais humanos, acessíveis e justos.

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